Cinco razões para você experimentar o Worldpackers já

A rede de colaboração internacional atrai viajantes e voluntários que trocam serviços

Quem ama viajar de forma econômica já conhece o aplicativo Worldpackers, no qual estabelecimentos oferecem hospedagem e outros serviços em troca de algum trabalho. Mas o app também caiu nas graças de ONGs e instituições que buscam turistas solidários, aventureiros ou gente que apenas quer contribuir de alguma maneira para o local que está visitando.

Mais do que um aplicativo, mais do que uma plataforma de hospedagem, mais do que outro-exemplo-da-nova-economia-criativa, o Worldpackers promove uma valiosa chance de interagir com outros viajantes sustentáveis. Oitocentas mil pessoas estão inscritas e há oportunidades em cerca de 100 países (Brasil incluído, com várias demandas legais). Se você ainda não provou esta iniciativa, aí vão cinco razões para considerá-la.

1) As ofertas de emprego são das mais variadas. Se é que a gente pode chamar de emprego, já que se trata de uma troca de serviços/habilidades. Você pode ou não ter experiência no trabalho demandado – tudo depende do anunciante. Criar cogumelos no Nepal, bolar drinks na África do Sul, ensinar português no Peru, ajudar no design de roupas de uma grife mexicana, gravar depoimentos muy locos em um navio pirata-artístico na Holanda. Tipo isso.

2) A remuneração vai além da hospedagem. É bem comum o viajante ter refeições custeadas, passeios incluídos, convites para eventos, drinks com desconto – mas, não se esqueça de verificar condições básicas antes de aceitar, como se há dias de folga estabelecidos, por exemplo. Avalie as vantagens e divirta-se.

A ecovillage Dolce Vita, na Argentina, oferece hospedagem perto dos Andes em troca de mão-de-obra (Foto: Worldpackers)

3) Os anfitriões recebem certificações e resenhas. Sabe aquela escaneada olho-de-lince que você dá nos hotéis do Booking e nos apês do AirBnB? O mesmo vale para o Worldpackers. Para não ter susto. 

4) Aprender algo que pode mudar sua vida. Ou ao menos dar aquela garibada no currículo. Capacitação em permacultura, aulas de surf, práticas de yoga, curso de idiomas, por aí vai. 

5) Os contratos são de curta duração. Os mais comuns vão de uma semana a um mês, ou seja, perfeito para curtir as férias.

Voluntário ensina inglês para crianças em Battambang, Camboja (Foto: Worldpackers)

Bônus – Ah, mas eu entrei aqui porque me interesso pelo turismo social/voluntário. As oportunidades estão lá também, na parte de Impacto Social. Na versão web é mais fácil ver essa divisão de experiências (Impacto Social, Work Exchange e Natureza/Bem Estar). Aliás, vale muito a pena ler este artigo detalhadíssimo sobre voluntariado em viagens, publicado na plataforma. 

É bom saber que a maioria dos anfitriões pede trabalhos mão-na-massa, como ajudar a construir, a cozinhar ou plantar. Mas também são bem apreciadas habilidades nas redes sociais, fotografia e tudo relacionado a promover o estabelecimento na internet. Casou com sua expectativa? Então depois volta aqui para contar. 

Escala de sustainatripity: 10 – Embora o termo “economia criativa” esteja sendo usado a torto e a direito em vão, trata-se de uma iniciativa que honra as melhores intenções desse conceito. Reúne todos os pilares da sustentabilidade (social, ambiental e econômico), distribuídos em diferentes experiências.

Por que vale a pena? Porque é uma forma barata de conhecer o mundo, de aprender algo novo, de viajar com um verdadeiro propósito, de se integrar como nunca na vida local, sem demandar muito tempo.

Vai agradar a quem? Quem deseja ter uma degustação do que é fazer voluntariado, quem quer viajar o mundo sem gastar muito, quem sonha com uma experiência de doação e troca legítima, quem não abre mão de sair da bolha turística e viver como um local – ainda que por poucas semanas.