Omnirooms, o portal de hospedagem para quem tem mobilidade reduzida

Já são mais de 50 opções de alojamento em 23 destinos ao redor do mundo

Mais de um bilhão de pessoas, ou 15% da população mundial, têm algum tipo de limitação, de acordo com o World Report on Disability da Organização Mundial da Saúde. Não apenas deficientes como cadeirantes, surdos ou cegos, mas também indivíduos que apresentam incapacidades em certos períodos da vida, como idosos, alérgicos, pais com filhos pequenos, grávidas e acidentados. 

É por isso que são muito bem-vindas iniciativas como a Omnirooms, plataforma que promete ser uma espécie de Booking.com para turistas de mobilidade reduzida e seus acompanhantes. O portal conta, atualmente, com mais de 50 estabelecimentos em 28 destinos da Europa (grande parte deles na Espanha, país onde nasceu o site) e Américas. E oferta só cresce.

Arte do site Omnirooms
Arte do site Omnirooms

Seu objetivo é facilitar a acessibilidade nas férias dessa parcela da população – só na União Europeia são 37 milhões de turistas com mobilidade reduzida, que poderiam injetar bilhões de euros por ano no continente. De olho nesse mercado, o Omnirooms disponibiliza informações em inglês, espanhol e alemão sobre hotéis, flats e apartamentos que tenham uma estrutura adaptada para receber esses clientes com conforto.

GUIAS INCLUSIVOS DAS CIDADES

O buscador mostra fotos de detalhes dos quartos adaptados (como banheiros com barras para se apoiar) e garante ao viajante que o pagamento seja realizado apenas depois de se chegar ao local. Além disso, nos mesmos moldes de plataformas similares, oferece também informações turísticas sobre o destino – com o diferencial de incluir atrações acessíveis.

Piscina acessível
Piscina acessível: uma das atrações de hotéis do site (Foto: Omnirooms.com)

Vale lembrar que não se trata apenas de uma necessidade de viajantes. De acordo com esta esclarecedora matéria do El País, a acessibilidade aos serviços é fundamental para 10% da população, necessária para 40% e confortável para 100%. Ou seja, uma cidade amável com seus habitantes, deficientes ou não, também será com seus visitantes.

Além das informações sobre os destinos disponíveis no site, o blog do portal é uma excelente fonte de novidades na área do turismo acessível e também de textos com relatos encorajadores, bem como sua página no Facebook. Mas, se quiser se aprofundar, uma rápida busca nas internets prova que o assunto está quente. Existe portal especializado em português e guia escrito por cadeirante, por exemplo, entre outras fontes

Escala de sustainatripity: 8 – Embora muitos dos alojamentos não tenham exatamente compromissos ecológicos ou relacionados às comunidades locais, é louvável que se preocupem em criar quartos e instalações seguras para um público de milhões de turistas de mobilidade reduzida, colaborando diretamente para sua inclusão.

Por que vale a pena? Porque o site é uma startup de impacto social, com foco no mercado, sim, mas também com a nobre missão de tornar o mundo um pouco mais feliz.

Vai agradar a quem? A 25% da população e 12% do mercado turístico, segundo o estudo europeu “Economic Impact and Travel Patterns of Accessible Tourism in Europe”. No Brasil, são cerca de 7%, segundo o último censo do IBGE, embora o estudo brasileiro não considere os que têm limitações temporais, como famílias com filhos pequenos. De qualquer forma, vale lembrar que a previsão é de que 21,5% da população mundial em 2050 sejam formadas por idosos (29,3% no Brasil), o que já é um grande número a se ter em conta nesse caso.